Governo federal limita o quadro da Caixa

O desmonte da Caixa continua a passos largos. Enquanto a carteira de clientes cresce, o quadro de empregados do principal banco público do país é limitado e agora não pode passar dos 87.250. 

A portaria, publicada no Diário Oficial da União na moita, em plena sexta-feira de Carnaval, revoga determinação anterior, do dia 8 de janeiro, que estabelecia o número máximo de funcionários da empresa em 90 mil.  

A medida do governo federal precariza ainda mais o atendimento à população, ajudando a desgastar a imagem da instituição financeira perante a sociedade. A Caixa tem hoje mais de 86 milhões de clientes, entre correntistas e poupadores, e cerca de 85 mil empregados. 

Traduzindo, um bancário é responsável por 1.012 pessoas. A tendência é de a situação piorar, os empregados ficarem mais sobrecarregados, as agências superlotadas e os clientes insatisfeitos. Paralelamente, unidades são fechadas e setores importantes da empresa entregues à iniciativa privada.

Não é só isso. Os adoecimentos também tendem a elevar. Nos últimos 12 anos, um em cada três bancários afirmam ter apresentado problema de saúde em decorrência do trabalho. Estresse e outras doenças psicológicas representam 60,5% dos casos.