Crise aumenta número de devedores no país

O brasileiro tem dificuldades em gerenciar as finanças. No ano passado, houve avanço de 4,41% no índice de consumidores com contas em atraso, se comparado ao ano anterior. Em dezembro, cerca de 62,6 milhões de pessoas ou 41% da população adulta tiveram o nome incluído no SPC. 

Também foi registrada alta de 2,75% no volume de dívidas em nome de pessoas físicas. Os débitos que mais cresceram no país foram as contas de serviços básicos, como água e energia. Elevaram 14,88%.

Em segundo lugar ficaram as dívidas bancárias (cartão de crédito, cheque especial, financiamentos e empréstimos) com crescimento de 6,81% na comparação anual. Já as feitas no comércio e com boletos de telefonia, TV por assinatura e internet caíram 5,09% e 0,37%. Os dados são do Indicador de Inadimplência da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito).

Mais da metade (52%) da população com idade entre 30 e 39 anos possuíam o nome inscrito em alguma lista de devedores em dezembro. Um total de 17,8 milhões. Entre os da faixa etária de 40 a 49 anos representam 50% dos inadimplentes e os com 25 a 29 anos são 44%. Cai para 17% a inadimplência entre os jovens com idade de 18 a 24 anos (4,1 milhões). Já entre os idosos, na faixa etária entre 65 a 84 anos, a proporção é de 32%.

Quando as regiões foram analisadas, a pesquisa apresentou alta na inadimplência no Sudeste (8,44%), Sul (1,80%), Nordeste (1,62%) e Norte (0,85%). A única que obteve queda foi no Centro-Oeste (-1,79%).