Desmonte dos públicos agrava a crise econômica

Com um governo a serviço do poder econômico, aumenta a cobiça aos bancos públicos. Presidentes das gigantes do setor não escondem o interesse e a política de desmonte já está sendo aprofundada por Bolsonaro. Um caminho que agrava a crise econômica e as desigualdades sociais do país.

Como instituições públicas, BB, Caixa e BNDES têm um papel social a cumprir. Devem atuar onde as empresas privadas não atuam. Foi assim nos últimos anos, em grandes obras de infraestrutura, saneamento básico, em programas de inclusão social e também regulando o mercado.

Durante a crise financeira mundial, em 2008, os bancos públicos tiveram papel fundamental, com a redução das taxas de juros e aumento do crédito ao brasileiro. A medida não agradou em nada os privados, que tiveram de fazer o mesmo para manter a concorrência. 

Não é só isso. A Caixa sempre foi referência no crédito habitacional. Gestora do Minha Casa Minha Vida, possibilitou que milhões realizassem o sonho da casa própria, com juros mais baixos do que os praticados pelo mercado. E todos eram beneficiados, sejam os mais carentes ou a classe média.

O Banco do Brasil também atua em áreas importantes, como a agricultura familiar. Responsável pelo Pronaf (Programa Nacional de Agricultura Familiar), realiza financiamento para a área com taxas bem acessíveis.  Agora, tudo isso está com os dias contados. 

Os presidentes dos bancos públicos se comportam como executivos de empresas privadas e já declararam elevação dos juros e mudança nas políticas públicas, o que tende a agravar o desemprego e a crise nacional.