Luta contra o desmonte do BB deve crescer

A função social do Banco do Brasil está em perigo. Antes mesmo de ter sido empossado, o novo presidente Rubem Novaes, reforçava a intenção de privatizar ativos da empresa. A nomeação é uma clara demonstração do desmonte do banco público através da intervenção na economia e atuação de concorrência ao mercado privado.

No BB, o desmonte ganhou força em 2016, com Temer. Através de dois planos de demissão voluntária, foram cortadas 10 mil vagas de trabalho. Paralelamente, 670 agências foram fechadas.

O Banco do Brasil é responsável, entre outros pontos, pelo financiamento da agricultura familiar através do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). Esta última iniciativa responde por 70% da produção de alimento consumidos pelos brasileiros. Tudo graças a juros que variam entre 2,5% e 5,5% ao ano.

Milhões de pessoas serão prejudicadas com a redução do papel da instituição. No caso dos agricultores, sem opção de serem beneficiados com taxas mais baratas, teriam de recorrer a empréstimos nos bancos privados, onde os juros chegam até 70% ao ano. Na prática, o preço dos alimentos chegaria a um preço bem mais alto na casa da população. 

Por conta de todos os prejuízos, a expectativa do movimento sindical é de que Novaes não passe por cima dos direitos dos 97.232 funcionários do BB. A mobilização será pela manutenção da função pública e social da instituição e contra o sucateamento dos bancos públicos. 

Últimas notícias