Negros ganham um terço do que os brancos

Salvador ocupou, em 2017, o primeiro lugar no pódio de capital mais negra do país. Oito em cada dez moradores da capital baiana dizem ser negros ou pardos. A média salarial dos soteropolitanos nos três primeiros trimestres de 2018 que se autodeclararam de cor preta ficou em R$ 1.640,00, equivalente a um terço da renda mensal dos trabalhadores que dizem ser brancos, que recebem, em média R$ 4.969,00. 

O levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do  Instituto de Geografia e Estatística ainda apontou que, na Bahia, a média salarial dos brancos ficou em R$ 2.432,00, enquanto a dos negros R$ 1.319,00, (-54,5%) no mesmo período. O rendimento da população de cor preta no Brasil foi 55,6% menor (R$ 1.608,00) em relação aos de cor branca (R$ 2.891,00). 

Alguns especialistas atribuem a desigualdade ao fato a falta de promoção de cargo entre os negros nas empresas e também acesso à posições de chefia. O velho racismo institucional de sempre.