Bancos sinalizam aproximação com novo governo

As organizações financeiras já sinalizam a aproximação ainda maior com o novo governo assim que o presidente eleito tomar posse em janeiro. A Federação Brasileira de Bancos pretende apresentar propostas para reduzir as taxas de juros de empréstimos.

A intenção é incluir a reformulação da lei de falências e a redução dos serviços obrigatórios de cartórios que elevam os custos de crédito. Foi o que afirmou o presidente-executivo do Bradesco, Octavio de Lazari, em um momento que o Banco Central procura formas de cortar as taxas de juros ao consumidor. Em média, são 260% ao ano para linhas de crédito rotativo, que é comparado a 6,5% da taxa Selic de referência do país. 

Mas, a preocupação dos bancos não é com os clientes. O lucro em primeiro lugar. A expectativa de Lazari é que a carteira de empréstimos cresça em um ritmo mais rápido em 2019 do que este ano. A modalidade no caso dos corporativos deve crescer perto de 10% no próximo ano e as taxas no crédito para pessoas físicas devem ficar ainda mais altas.

E só priora. Mesmo com lucro de R$ 15,734 bilhões de janeiro a setembro, o Bradesco quer fechar 150 agências neste ano e outras 150 agências em 2019. Dos 24 milhões de correntistas da empresa, o banco apenas digital tem 500 mil clientes.