Bolsonaro persegue funcionários dos bancos federais

Os empregados dos bancos federais estão na mira de Bolsonaro. O presidente eleito nem tomou posse e já adota os mesmos métodos das campanhas do CCC (Comando de Caça aos Comunistas) durante a Ditadura Militar.

A lista com nomes de funcionários de carreira do Banco do Brasil, Caixa, Banco do Nordeste, BNDES e Banco da Amazônia a serem perseguidos está sendo feita por grupos voluntários. E, como aconteceu no regime militar, nenhuma palavra da parte das direções das instituições sobre a ‘caça às bruxas’. Silêncio total. 

O BB é um dos principais alvos e não há menor intenção de disfarçar que a perseguição é política. Os executivos de carreira da instituição que foram nomeados durante os governos petistas estão na linha de frente. O ataque será claramente direcionado para quem não seguir a cartilha do bolsonarismo.

Jair Bolsonaro ainda afirmou que pretende cortar, no mínimo, 30% dos cargos políticos nos bancos federais. Os relatórios estão sendo preparados com foco nos que têm cargos com salários entre R$ 30 mil e R$ 60 mil. Os voluntários agem sob a orientação direta da equipe de Paulo Guedes e dos generais da reserva que atuam na organização do próximo governo.

A equipe do presidente eleito pretende fazer pente fino nas próximas semanas como “aparelhamento” dos bancos federais nas gestões do MDB e do PT. O termo substitui as palavras comunista ou corrupto, usadas nas perseguições durante o regime militar. Os próximos alvos serão as universidades federais.