Direitos humanos no Brasil estão sob forte ataque

A CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos) da OEA (Organização dos Estados Americanos) fez um alerta sobre o forte enfraquecimento institucional da área de direitos humanos no Brasil. 

No texto, as afirmações são mais do que verdadeiras e sentidas no cotidiano de cada brasileiro, principalmente os negros e os mais pobres. Para a CIDH, apesar dos avanços, o país não teve sucesso na abordagem estrutural de desigualdade e discriminações profundas, principalmente raciais e sociais.

O Brasil já foi referência em direitos humanos. Criou secretária específica para a área, fortaleceu as defensorias públicas e aumentou a participação da sociedade civil na gestão pública, além de promover ações afirmativas como a Lei de Cotas. 

Segundo dados da Seppir (Secretaria de Políticas para Programação da Igualdade Racial), entre 2012 e 2015, mais de 150 mil estudantes negros entraram em universidades federais por meio de políticas de cotas.  Entretanto, para o presidente eleito, Jair Bolsonaro, questões como políticas afirmativas de inclusão e reparação são vistas como “coitadismo”. Afirma que não tem dívida com ninguém, que não escravizou ninguém, portanto, reparar estas questões centenárias não é uma prioridade neste governo. O alerta foi dado.