Centrais lançam campanha em defesa da Previdência

É necessário resistir contra as tentativas de acabar com a aposentadoria. Os representantes sindicais estão na luta. Com uma plateia de mais de 300 sindicalistas, foi lançada a Campanha Permanente em Defesa da Previdência Pública e Seguridade Social, nesta segunda-feira (12/11), em São Paulo.


O governo eleito quer mudar o modelo solidário com contribuição tripartite existente no Brasil para um regime de capitalização que, na prática, entrega o bilionário fundo previdenciário para ser gerido pelas instituições financeiras. Ou seja, quem ganha são os banqueiros. 


"Seria trágico fazer a opção pelo modelo de capitalização. Você deposita uma vida, mas não vai conseguir recuperar o que investiu - a tendência é o deságio", afirma o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo.


O encontro também teve a participação do sindicalista chileno Mario Villanueva. O dirigente da Confederação dos Profissionais da Saúde do Chile apresentou um estudo sobre a Previdência Social no país e o impacto negativo do regime de capitalização na vida da classe trabalhadora. Atualmente os idosos recebem, em média, 1/3 do salário mínimo. 


No encontro, foi definida uma agenda de mobilizações para este mês, que inclui um ato nacional em defesa da Previdência pública e universal com panfletagens no dia 22 de novembro e um dia de manifestações pela Previdência e contra o fim do Ministério do Trabalho em frente às Superintendências Regionais do Trabalho em todo o país no dia 26.