Recurso do trabalhador nas mãos de gestores privados

As propostas do novo governo não pretendem beneficiar a vida de quem trabalha. Uma delas é o modelo de Previdência planejado que visa permitir que gestores privados administrem a poupança individual de aposentadoria dos trabalhadores. Na prática, bancos, seguradoras e até fundos de pensão de estatais, como Petros (Petrobras) e Previ (Banco do Brasil), devem se credenciar para gerenciar os recursos dos trabalhadores. Absurdo.

Pelo modelo, a opção da capitalização só será possível aos novos empregados. Ou seja, quem ainda não entrou no mercado de trabalho. Terão acesso ao sistema por meio da carteira verde e amarela, que propõe uma forma de regularizar o trabalho informal, precário e sem direitos. Desta forma, somente os direitos constitucionais, como férias remuneradas, 13º salário e FGTS, estariam garantidos. 

E só piora. A justificativa dada é que neste modelo de Previdência cairiam todos os encargos previdenciários que incidem sobre o salário e que atualmente colaboram para bancar a aposentadoria de quem já se retirou do mercado de trabalho. Papo furado.