Três maiores bancos privados lucram R$ 44 bilhões


O Bradesco, Itaú e Santander lucraram, juntos, R$ 44 bilhões nos nove primeiros meses de 2018. Nem mesmo a crise financeira vivida no Brasil atrapalha a rentabilidade das organizações financeiras. Prova disso é que houve crescimento médio de 10,1% em doze meses no lucro dos três maiores bancos privados do país. A rentabilidade variou entre 18,7% e 21,7%.

Os bancos não se importam com o emprego do bancário. Por conta do plano de demissão voluntária implementado em 2017, o saldo de postos de trabalho no Bradesco é negativo em 2.529 vagas. O saldo é positivo em 4.669 no Itaú somente em função de incorporações das operações do Citibank no país e contratação de pessoal para a área de TI e de Seguros. Já no Santander, as 1.102 vagas se devem aos novos contratados na área de TI, que antes eram terceirizados. 

A exploração dos clientes contribui muito para os cofres das empresas estarem tão cheios. Somente com prestação de serviços e a cobrança de tarifas, Bradesco, Itaú e Santander arrecadaram até setembro de 2018 R$ 59,5 bilhões. O valor cobre com folga as despesas de pessoal dos bancos, inclusive o pagamento da PLR. Nos três bancos, a cobertura das despesas de pessoal pela receita de prestação de serviços e tarifas variou entre 131% e 181%. 

Apesar da lucratividade bilionária, o número de agências está muito aquém. Entre janeiro e setembro, o lucro do Itaú totalizou R$ 19,24 bilhões, mas o banco só abriu oito unidades físicas em todo o Brasil (e mais 17 agências digitais). O banco espanhol somente 21, apesar de ter colocado R$ 8,99 bilhões nos cofres. O Bradesco fechou 193 agências, mas arrecadou R$ 15,734 bilhões em nove meses. A conta não bate.