Itaú e Bradesco apoiam medidas contra o trabalhador

Os dois maiores bancos do país já declararam de que lado estão. E não é do trabalhador. Em relatórios voltados ao mercado e divulgados na grande imprensa, Itaú e Bradesco demonstram apoio à reforma da Previdência, defendida por Jair Bolsonaro (PSL) e o economista Paulo Guedes.

O Itaú, em mensagem enviada aos correntistas, diz que “o momento é de investir em Bolsa e aproveitar para divulgar seus fundos multimercados como meio de aplicação” e recomenda investimentos em ações. Uma afirmação que deixa claro que o único interesse dos bancos é a especulação financeira, para acumular mais riqueza, em detrimento de quem produz e quem trabalha. Afinal, Bolsa de Valores não gera empregos, enriquece apenas grandes investidores, que na maioria estão fora do país.

Com o discurso em que se sente “revigorado para dar início a um novo ciclo de reformas estruturais no sentido da modernização do Brasil”, o Bradesco declara nas entrelinhas que tem pressa em aprovar a reforma da Previdência e defende a proposta do presidente eleito de pôr fim aos direitos previstos na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

O objetivo de Bolsonaro e sua equipe de economia, liderada por Paulo Guedes, é tornar a Previdência baseada na capitalização privada, um sistema que não deu certo para os trabalhadores no Chile, mas que desperta interesse nos bancos privados, de olho no mercado da previdência privada.  Além de criar uma nova carteira de trabalho, verde e amarela, sem as conquistas previstas na legislação trabalhista.