Bancos lucram alto, mas enrolam com proposta

Dinheiro nunca foi problema para o setor financeiro do Brasil. O lucro exorbitante reforça. Itaú, Bradesco, BB, Santander e Caixa alcançaram, juntos, R$ 41,253 bilhões no primeiro semestre de 2018. No mesmo período do ano passado, as mesmas empresas obtiveram lucratividade de R$ 35,866 bilhões.

Mesmo com os cofres abarrotados, nos primeiros seis meses deste ano as organizações financeiras fecharam 2.846 postos de trabalho. O lucro apresentado é fruto do trabalho árduo dos bancários nas agências e, mesmo assim, são colocados para fora.

Os bancos também não se importam com a saúde. Assédio moral, sobrecarga e cobrança por metas cada vez mais insustentáveis contribuem para o aumento de doença ocupacional. O INSS aponta que 6% dos recursos destinados para os afastados são para quem trabalha no setor. A maioria é por problemas psicológicos, sendo que 21,2% por transtorno depressivo recorrente, 18% por transtornos de ansiedade, 14,6% por reações ao estresse grave e 17,1% por episódios depressivos.