Déficit de bancário precariza atendimento

A falta de contratações no setor bancário, além de sobrecarregar o trabalhador e contribuir para o adoecimento, tem impacto direto na queda da qualidade do atendimento. Prova disso é que uma das queixas mais recorrentes no Banco Central diz respeito ao tempo de espera na fila. 
 
A demora para ser atendido é o motivo das 1.160 reclamações registradas no BC de janeiro a maio de 2016. Número muito superior ao verificado no segundo semestre do ano passado, 827. Também maior do que nos seis primeiros meses de 2015 (945).
 
Sem o número de funcionários satisfatório fica impossível prestar um atendimento humanizado. De janeiro a maio, os bancos cortaram 5.998 postos de trabalho em todo o Brasil. Alta alarmante de 105,05% em relação ao mesmo período de 2015. Na Bahia, foram 49 admissões e 78 desligamentos: - 29 vagas. O Estado agora tem 18.341 bancários.
 
A Caixa sozinha eliminou 1.368 vagas. Já Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e HSBC fecharam 4.637 postos. Com tantas dispensas, o descontentamento por parte dos clientes é inevitável. As queixas por insatisfação com o atendimento nas agências já alcançam o topo de reclamações no BC de janeiro a maio de 2016. São 4.908 no total.