Desigualdade continua nas empresas

No mercado de trabalho, é possível perceber claramente as discriminações racial e de gênero no Brasil. Apenas 4,7% dos cargos executivos das 500 maiores empresas em atividade no país são ocupados por negros. 
 
Para as mulheres são destinados somente 13,6% dos postos do alto escalão. De acordo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Instituto Ethos, um equilíbrio no quadro só é possível em, pelo menos, 150 anos.
 
A diferença não acontece apenas em relação aos cargos executivos. A proporção de afrodescendentes no mercado de trabalho como um todo é muito menor do que os brancos, que ocupam 62,8% dos postos de trabalho, contra 35,7% por negros. 
 
Em cargos de supervisão, os brancos são 72,2% contra 25,9% de afrodescendentes. Nas gerências, os negros são apenas 6,3% ante 90,1% de brancos. Entre os executivos 4,7% são negros e 94,2% brancos. 
 
As mulheres também são sub-representadas no ambiente profissional, assumindo apenas 35,5% dos postos de trabalho. Em cargos de gerência, a proporção de homens é quase o dobro do de mulheres, 68,7% contra 31,3%. A proporção de executivos do sexo masculino é seis vezes maior do que a de mulher, 86,4% ante 13,6%.