Continua a pressão contra PLS 555

A análise do PLS 555 - conhecido como Estatuto das Estatais - na noite desta terça-feira (15/03), no Senado, sem antes ser submetido a um amplo debate com a sociedade, não é boa para a democracia. A mobilização contra a proposta não terminou e continua na Câmara Federal.
 
O projeto do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) tem diversos pontos polêmicos, que podem trazer prejuízos à população. A forte mobilização dos trabalhadores ao longo de meses, no entanto, foi muito positiva e obrigou Tasso Jereissati a recuar em alguns pontos, a exemplo da obrigatoriedade de as estatais se tornaram sociedades anônimas e a alteração da composição acionária. Duas vitórias importantes. 
 
Nesta terça-feira (15/03), os representantes do Comitê de Defesa das Estatais tiveram um dia árduo, de muitas reuniões com parlamentares, para evitar a votação do texto original. De Brasília, o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, ressalta os recuos e chama atenção que a luta não acabou. 
 
"Importante destacar que o PLS 555 regulamenta as estatais sob a ótica do mercado e nós queremos regulamentá-las sob a ótica do público e do fortalecimento das estatais enquanto ferramentas para servir à população", conclui. 
 
Atuação
A atuação dos senadores Lindberg Farias (PT-RJ), Roberto Requião (PMDB-PR), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Paulo Paim (PT-RS) e Gleisi Hoffmann (PT-PR) foi fundamental na mobilização. Ouviram e buscaram barrar a votação. Mas, foram vencidos.