Comando reforça: reajuste é de 16%

A greve nacional dos bancários chega ao 10º dia nesta quinta-feira (15/10) sem nenhuma perspectiva de negociação com a Fenaban, muito menos com a direção dos bancos públicos. Todos se calam e ignoram o conjunto da sociedade.
 
Diante do cenário, a paralisação deve ser a mais longa dos últimos anos. Até porque, a categoria não aceita retrocessos e só faz acordo com uma pauta justa e o atendimento do reajuste salarial de 16% (aumento real de 5,7% mais a inflação). 
 
O posicionamento foi reafirmado em reunião do Comando Nacional, nesta quarta-feira (14/10), em São Paulo. Segundo o presidente da Federação da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, é "fundamental darmos um salto na qualidade da greve".
 
O balanço é positivo. A paralisação cresce a cada dia. A adesão dos bancários é recorde. Em todo o Brasil, 11.439 agências estão fechadas. A categoria tem contado com a compreensão da sociedade. Mas os bancos contam com os meios de comunicação, dispostos a ajudar no desgaste do movimento.
 
Por isso, é importante manter os clientes informados. Seja no corpo a corpo nos comitês de esclarecimentos, nos jornais, sites e, sobretudo, nas redes sociais. A população deve ficar ciente. Os bancos podem atender a pauta. Em seis meses, embolsaram, só com tarifas, R$ 55 bilhões.
 
Apesar do resultado excepcional, a Fenaban até o momento não muda a proposta já rejeitada, de reajuste salarial de 5,5%, abaixo da inflação (9,88%), e abono de R$ 2,5 mil. Uma vergonha.